Quais são os tipos de cólica?
Bom, ao ouvirmos a palavra “cólica”, logo remetemos às cólicas menstruais. Sendo assim, cólica associada à menstruação é uma das mais comuns, sendo percebida por aproximadamente 50% das mulheres em idade reprodutiva.¹
Mas, a dor em cólica não é uma característica exclusiva do período pré-menstrual. Ao contrário: pode acometer outros órgãos do corpo humano que não o útero, sendo associada às mais variadas etiologias. Além disso, no Brasil, cerca de 70% da população afirma já ter sofrido ou ainda sofrer regularmente com algum tipo de cólica abdominal.²
A dor em cólica pode afetar órgãos da região abdominal, especialmente o estômago, o intestino, os rins e — como já sabemos — o útero. Ela se caracteriza por ser intermitente; ao contrário das dores contínuas, a cólica vai variando sua intensidade.
Podemos defini-la como um ciclo: a dor vai aumentando gradualmente de intensidade, até que chega ao seu pico. Depois de atingir o auge, segue-se um alívio progressivo, que dura até o início de outro episódio.
Os sintomas são quase sempre muito parecidos entre os diferentes tipos de cólica. Mas, como cada órgão possui suas particularidades, é possível listar algumas diferenças, principalmente quando falamos nos fatores etiológicos.
Cólica estomacal
A cólica estomacal pode ser provocada pela simples ingestão de um alimento indevido, ou até mesmo por problemas mais complexos como uma úlcera.
Sendo assim, o funcionamento do estômago é prejudicado. Os movimentos peristálticos, que empurram o bolo alimentar adiante, ficam irregulares e espasmódicos, ocasionando a cólica.
Cólica intestinal
O intestino realiza movimentos peristálticos, que são contrações coordenadas e sucessivas, para eliminar os alimentos não aproveitados.
Então, a ingestão de uma comida estragada, por exemplo, ou até mesmo o acúmulo de gases são capazes de alterar o peristaltismo do intestino e ocasionar espasmos intensos.
Cólica renal
A cólica renal é uma das dores mais incômodas descritas pela medicina. Por isso, ela é causada por uma obstrução no rim, geralmente um cálculo, que impede a passagem da urina e provoca a dilatação da via urinária.
Essa dilatação é a cólica renal, que é sentida pelo paciente principalmente no flanco, mas também pode ser sentida em toda região abdominal, região inguinal ou nos genitais.
Por fim, saiba mais sobre o assunto em: Cólica abdominal e cólica menstrual: entenda a diferença?
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Referências:
1) Mieli MPA, Cezarino PYA, Margarido PFR , Simões R. Dismenorreia primária: tratamento. Rev assoc med bras. 2013;59(5):413–419.
2) Ômnibus research – 2002 http://www.boehringer.com.br/conteudo_imprensa_texto.asp?conteudo=8&texto=545
Rodrigues A, Baptista E, Lourenço F, Bento L, Barroso N, Peraboa P. Cólica – a dor que desespera. Revista de saúde amato lusitano. 2012; 30:19-24.
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