Por se tratar de um esporte, e de um estilo de vida, que exige altura, queda livre, alta velocidade e muita adrenalina, surgem diversos mitos a respeito de como é realmente a prática de paraquedismo.
- O Brasil é bem representado no paraquedismo internacional. Duas vezes recordista na categoria Head Down sul-americano, e com um título no campeonato brasileiro de freefly, Humberto Nogueira conta com mais de 1600 saltos na carreira.
Confira os principais mitos deste desporto de aventura, e saiba quais são verdadeiros ou não.
1° mito: é fácil sobreviver ao impacto da velocidade terminal
Muito já se ouviu falar a respeito de paraquedistas que sobreviveram com apenas algumas fraturas de um salto mal sucedido, porém isso não é comum. Há casos de sobrevivência em quedas na neve, ou com impactos em árvores, que diminuem a velocidade e o impacto da queda antes de chegar ao solo.
2° mito: quanto mais alto o salto, maior o risco
Muitos acham que a altura elevada está ligada a dificuldade do salto, porém o que ocorre é o contrário. Em altitudes elevadas, o paraquedista tem mais tempo para corrigir a rota e seu posicionamento durante a queda, caso ocorra algum problema. Já em saltos mais baixos, o tempo para correção é menor, fazendo com que seja mais perigoso caso o paraquedista encontre algum problema.
3° mito: não é possível ouvir durante a queda livre
Por se tratar de um salto em que a velocidade pode chegar a quase 300km/h é impossível se comunicar com palavras com outro paraquedista. Por isso, a comunicação é feita por gestos conhecidos pelos profissionais, que se entendem sem precisar ouvir um o outro.
4° mito: se o paraquedista desmaia o paraquedas não é acionado
Atualmente a maioria dos paraquedistas utiliza um dispositivo de ativação automática do paraquedas. Isso faz com que, independente de estar consciente ou inconsciente, por alguma razão, o paraquedas se abra automaticamente ao chegar em uma determinada altitude.
5° mito: o paraquedas pode ser acionado em qualquer altitude
Para iniciantes é indicado que o paraquedas seja acionado de 1,5km à 1km do solo, para paraquedistas profissionais o paraquedas pode ser acionado no máximo até 250 m do solo. Isso pois, em uma velocidade de quase 300 km/h, 250 metros são poucos para conseguir realizar a manobra para a abrir o equipamento, fazendo com que o saltador corra sérios riscos.
Mais sobre paraquedismo
A velocidade de uma queda aumenta constantemente, principalmente nos primeiros 12 segundos, quando ela estabiliza em média nos 200km/h. Para estabilizar a velocidade o saltador deve manter os braços e pernas abertos, usando a resistência. Mantendo os braços colados ao corpo e inclinando-se para frente, fazendo com que o corpo “corte” o ar, e assim, aumentando a velocidade da queda.
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